Sete agências das Nações Unidas alertaram sobre a crítica escassez de combustível na Faixa de Gaza, afirmando que isso pode interromper completamente suas operações e afetar a oferta de serviços essenciais. O Escritório de Assistência Humanitária da ONU (Ocha), o Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud), o Fundo da ONU para a Infância (Unicef), o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), o Programa Mundial de Alimentação (WFP), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência da ONU para Assistência aos Palestinos (Unrwa) assinaram a carta que expressa sua preocupação.
A falta de combustível compromete especialmente os serviços de saúde, água potável e a capacidade de entrega de ajuda humanitária. Os hospitais enfrentam cortes de energia, dificultando o funcionamento de unidades essenciais como maternidade e terapia intensiva. Além disso, as ambulâncias estão impossibilitadas de operar.
A situação é alarmante também em relação a estradas e transportes, que permanecem bloqueados, o que agrava o isolamento das populações necessitadas. As telecomunicações correm o risco de serem interrompidas, prejudicando a coordenação de esforços de salvamento e a comunicação entre famílias.
Na semana passada, as agências da ONU comemoraram a chegada de uma quantidade limitada de combustível a Gaza, a primeira em 130 dias. No entanto, a carta enfatiza que essa quantidade é apenas uma fração do que é necessário diariamente para manter as operações vitais. Estima-se que mais de 86% do território de Gaza esteja sob ordens de deslocamento ou em áreas militarizadas.
Em uma declaração separada em Genebra, o comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, abordou a situação na Cisjordânia, caracterizando-a como uma “anexação bem encaminhada”. Ele destacou que a crise não se limita à destruição física, mas envolve um deslocamento forçado sistemático e violações do direito internacional. Agências humanitárias relataram um aumento significativo nos deslocamentos forçados e destruição em massa, devido ao agravamento dos conflitos na região.
Origem: Nações Unidas