O governo dos Estados Unidos apresentou uma proposta para permitir que consumidores paguem suas hipotecas por um período de até 50 anos, uma ideia que gerou um intenso debate no cenário político e econômico. Especialistas em habitação, incluindo economistas e decisores políticos, levantaram preocupações de que esta medida não aborda questões fundamentais do mercado imobiliário, como a escassez de oferta de casas e o aumento das taxas de juro, que continuam a pressionar os compradores.
Bill Pulte, diretor da Federal Housing Finance Agency (FHFA), que supervisiona grandes instituições financeiras como a Fannie Mae e a Freddie Mac, defendeu a proposta no X, destacando que os empréstimos a 50 anos representariam uma “completa mudança no jogo” para os potenciais compradores de imóveis. A proposta sugere que, ao aumentar o prazo do financiamento, as prestações mensais poderiam ser reduzidas, tornando a casa mais acessível no instante da compra, embora isso possa acarretar outros problemas ao longo do tempo.
Entretanto, analistas apontam que, apesar da redução nas mensalidades, essa forma de crédito pode resultar em um acúmulo maior de juros ao longo da vida do empréstimo. John Lovallo, da UBS Securities, adverte que prolongar o prazo pode dobrar o montante total de juros pagos e atrasar significativamente a acumulação de capital próprio, complicando a viabilidade financeira para aqueles que adquirirem imóveis na meia-idade ou posteriormente. Assim, a proposta, embora atraente à primeira vista, levanta questões complexas sobre a estabilidade financeira a longo prazo dos mutuários.
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