A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente as Estatísticas Mundiais de Saúde de 2025, revelando os impactos duradouros da pandemia de Covid-19. O relatório apresenta dados alarmantes, indicando que a expectativa de vida global caiu 1,8 ano entre 2019 e 2021, marcando a maior diminuição em décadas e revertendo os avanços em saúde vistos nos últimos dez anos.
Além disso, o aumento nos níveis de ansiedade e depressão decorrentes da Covid-19 levou a uma redução de seis semanas na expectativa de vida saudável, anulando grande parte dos progressos na redução da mortalidade por doenças crônicas. As taxas de mortalidade por condições como câncer e diabetes estão crescendo, especialmente entre pessoas com menos de 70 anos, refletindo um cenário preocupante impulsionado pelo envelhecimento da população.
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatizou que cada número no relatório representa uma vida afetada, destacando a necessidade urgente de melhorar o acesso a serviços de saúde, especialmente para mulheres e meninas. Apesar de 1,4 bilhão de pessoas terem alcançado um estilo de vida mais saudável até 2024, o progresso em serviços de saúde essenciais continua lento, com apenas 431 milhões de novos acessos registrados sem dificuldades financeiras.
Enquanto as taxas de mortalidade materna e infantil não têm caído na velocidade necessária para cumprir metas globais, o subfinanciamento de cuidados primários e a falta de profissionais de saúde permanecem como obstáculos críticos. Com uma previsão de déficit de 11,1 milhões de profissionais de saúde até 2030, a OMS aponta que quase 70% desse gap estará concentrado na África e no Mediterrâneo Oriental, alarmando a comunidade global sobre a urgência de ações coordenadas.
Origem: Nações Unidas