Neste domingo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência sobre a situação em Gaza, no contexto mais amplo dos debates sobre o Oriente Médio e a Questão Palestina. O vice-secretário-geral para Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, e o diretor da Divisão de Coordenação do Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, em Genebra, Ramesh Rajasingham, foram os principais oradores do evento.
A reunião foi convocada após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciar planos para que as Forças de Defesa de Israel (IDF) assumam o controle da Cidade de Gaza, garantindo assistência humanitária à população civil. Netanyahu afirmou que as IDF estão totalmente mobilizadas e se prepararam para uma operação militar mais abrangente na região.
Jenca descreveu a situação como uma escalada perigosa do conflito, ressaltando que os planos militares de Israel poderiam desalojar até 800 mil civis da Cidade de Gaza até 7 de outubro de 2025. Ele também mencionou que as IDF têm a intenção de cercar a cidade por três meses e, posteriormente, expandir suas operações em Gaza.
O impacto humanitário da escalada do conflito é alarmante. Jenca enfatizou que as consequências poderiam provocar uma nova calamidade, forçando mais deslocamentos e agravando a atual catástrofe humanitária em Gaza. O representante da ONU pediu um cessar-fogo imediato, afirmando que essa é a única forma de aliviar o sofrimento humano.
Rajasingham expressou preocupação com o aumento das vítimas e a prolongação do conflito, destacando que os palestinos em Gaza enfrentam uma realidade devastadora há mais de 670 dias, com mais de 61 mil mortos, incluindo 18 mil crianças. Ele também trouxe à tona os alarmantes dados sobre a saúde da população, com milhares de pessoas feridas e uma grave crise de desnutrição afetando as crianças.
A reunião de emergência foi convocada por membros europeus do Conselho de Segurança, com apoio unânime, exceto dos Estados Unidos. A situação em Gaza continua crítica, e a necessidade de uma solução pacífica e humanitária torna-se cada vez mais urgente.
Origem: Nações Unidas