O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou na manhã desta sexta-feira uma reunião de emergência para discutir os recentes ataques militares de Israel a alvos no Irã, convocada a pedido das autoridades iranianas. Durante a sessão, a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, apresentou um panorama preocupante, revelando que mais de 200 aeronaves da Força Aérea Israelense participaram das operações, que resultaram no lançamento de mais de 330 munições direcionadas a cerca de 100 alvos, incluindo instalações nucleares, como o complexo de Natanz.
Em resposta, o Irã lançou cerca de 100 drones em direção a Israel, todos interceptados antes de conseguirem adentrar o espaço aéreo israelense, conforme destacado por DiCarlo. A representante da ONU enfatizou a importância de se evitar uma escalada militar, ressaltando que os esforços diplomáticos são essenciais para garantir a natureza pacífica do programa nuclear iraniano.
Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), também se pronunciou na assembleia, confirmando a continuidade das avaliações sobre o status das instalações nucleares no Irã e sua segurança. Ele se disse disposto a visitar o país para garantir a segurança e a não proliferação. Grossi alertou sobre a necessidade de diálogo e diplomacia como caminhos para a paz, destacando a proteção dos inspetores da agência em ambos os países.
A violência resultou na morte de ao menos quatro generais iranianos de alto escalão e três cientistas nucleares, além de várias vítimas civis. O secretário-geral da ONU fez um apelo urgente para evitar qualquer escalada que possa ter conseqüências desastrosas para a região e para o mundo, reiterando a defesa da integridade territorial e da independência política de todos os Estados, conforme os princípios estabelecidos pela Carta da ONU.
Origem: Nações Unidas