O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas anunciou a realização de uma sessão especial para discutir o agravamento da violência no Sudão, marcada para o dia 14 de novembro. A convocação foi proposta por países como Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Noruega, contando com o respaldo de 24 membros do Conselho, localizado em Genebra, na Suíça.
A situação no Sudão deteriorou-se drasticamente desde abril de 2023, com o conflito entre as forças do governo e os paramilitares da Força de Apoio Rápido (RSF). As últimas semanas foram marcadas por eventos trágicos, incluindo um ataque devastador à Maternidade Saudita em El Fasher, que resultou na morte de ao menos 460 pessoas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a urgência de um cessar-fogo imediato, além de exigir o acesso humanitário à população afetada. A ONU também solicitou uma investigação sobre o ataque a El Fasher, alertando para o crescente risco de fome na região.
A decisão de convocar a sessão especial é um reflexo da grave situação humanitária e requer a aprovação de um terço dos 47 Estados-membros do Conselho, o que equivale a pelo menos 16 países. Entre os integrantes, o Brasil é o único mencionado com mandato até 2026. O apoio à realização da sessão é ainda reforçado por 31 Estados-observadores do órgão, incluindo Portugal.
Origem: Nações Unidas






