Nos últimos cinco dias, o papel da engenharia na cooperação entre as comunidades lusófonas foi amplamente debatido durante a 10.ª edição do Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia (CLME2025), realizado em Maputo, Moçambique. O evento reuniu mais de 200 participantes, entre engenheiros, professores e técnicos, proporcionando uma plataforma rica para a troca de ideias sobre temas estratégicos da engenharia contemporânea.
Os tópicos abordados incluíram diversas áreas, como ensino de engenharia, energia e meio ambiente, recursos hídricos, agronomia, e infraestrutura de transporte, entre outros. O evento foi coorganizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e pela Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane, com o patrocínio do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e da Sociedade Portuguesa de Materiais. Estudantes de Moçambique, Portugal e Brasil também participaram, enriquecendo o intercâmbio cultural.
O diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Rui Calçada, destacou a importância das ligações que foram reforçadas ao longo do congresso, evidenciando o diálogo e a criatividade nas soluções apresentadas. Em entrevista à RTP África, ele mencionou a relevância dos debates sobre desafios enfrentados pela engenharia moderna, como a escassez de recursos energéticos, a gestão sustentável de água e a resiliência às mudanças climáticas.
Durante o evento, foram apresentados 200 trabalhos de investigação, realizados sete painéis temáticos e seis simpósios. A organização foi liderada por professores das duas faculdades envolvidas, que promoveram um ambiente propício à inovação e ao empreendedorismo entre os participantes.
Origem: Universidade do Porto