O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião extraordinária para discutir a crescente tensão no Oriente Médio, motivada pelo ataque israelense ocorrido na terça-feira em Doha, Catar, direcionado a líderes do Hamas. A subsecretária-geral para os Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, apresentou uma visão alarmante sobre as possíveis repercussões desse ato, afirmando que ele pode dar início a um novo e perigoso capítulo no já complexo conflito da região.
Durante a reunião, que contou com a presença do primeiro-ministro do Catar, foi ressaltado o papel crucial do país em iniciativas de mediação, juntamente com o Egito e os Estados Unidos, visando um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza. DiCarlo expressou sua preocupação em relação ao ataque, que ocorre em um momento crítico de consultas entre as partes envolvidas, e destacou que ações que comprometam esses esforços de mediação podem diminuir a confiança nos mecanismos de resolução de conflitos da comunidade internacional.
DiCarlo pediu que haja um respeito aos canais de negociação e um engajamento em diálogos construtivos, enfatizando que cada ato de violência contraria o caminho para soluções justas. Ela fez um apelo a todas as partes para que exerçam moderação e reafirmem seu compromisso com a diplomacia em meio a esta crise.
A situação em Gaza, caracterizada pelo sofrimento das populações civis, foi um ponto central da discussão. A subsecretária da ONU ressaltou a urgente necessidade de um novo acordo de cessar-fogo, avisando que a crise humanitária só tende a se agravar se medidas imediatas não forem tomadas. DiCarlo lembrou que o segundo aniversário dos “atos de terror” que iniciaram os confrontos em Gaza se aproxima, um conflito que já deixou um saldo devastador de mortos e destruições.
Além disso, a alta funcionária reiterou sua preocupação com a escalada de tensões na Cisjordânia e em outras regiões, como Irã, Líbano, Síria e Iémen, chamando atenção para a fragilidade da estabilidade no Oriente Médio. O apelo geral pede que todos os envolvidos busquem soluções que priorizem a paz e a segurança, evitando ações que possam exacerbar ainda mais a crise.
Origem: Nações Unidas