A chefe de Estratégia do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Shannon O’Hara, anunciou que mais de 40 mil pessoas foram impactadas pelo terremoto que atingiu o Afeganistão em 31 de agosto. O país continua necessitando de ajuda urgente da comunidade internacional, com O’Hara enfatizando que sem assistência imediata será impossível para as vítimas reconstruírem suas vidas.
Os trabalhadores humanitários conseguiram alcançar 49 aldeias nas províncias de Nangarhar e Kunar, mas o acesso continua sendo um desafio. Estradas bloqueadas e deslizamentos de terra tornaram a entrega de ajuda uma tarefa arriscada e demorada. Muitas equipes enfrentaram trajetos de até seis horas para levar suprimentos essenciais às regiões afetadas.
Com mais de 5 mil casas destruídas, a prioridade agora é atender mulheres, crianças e pessoas com deficiência, que são as mais vulneráveis em situações de desastre. O Fundo das Nações Unidas para a População (Unfpa) estimou que 11.600 grávidas se encontram entre os afetados, e O’Hara alertou que condições precárias aumentam o risco de surtos de cólera, especialmente sem acesso a água potável e saneamento adequado.
Até o momento, 43 mil afegãos receberam refeições e kits de higiene, mas a continuidade desse apoio está ameaçada devido às previsões de chuvas fortes e ao início do inverno. O Ocha disponibilizou US$ 10 milhões para suprimentos essenciais e está elaborando um plano de resposta emergencial. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou quase 80 toneladas de suprimentos de saúde, com mais de 35 toneladas de kits de trauma e medicamentos essenciais já chegadas a Cabul para distribuição nas áreas mais afetadas.
Origem: Nações Unidas