A isenção do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e a garantia pública têm se revelado fatores decisivos na procura por créditos à habitação entre os jovens portugueses com até 35 anos. Segundo dados do relatório trimestral do idealista/créditohabitação, esta faixa etária representa mais de 50% dos pedidos de empréstimos neste segmento. No entanto, a realidade se complica para os jovens mais novos e aqueles com salários mais baixos, que encontram barreiras significativas na obtenção desse financiamento, apesar dos incentivos disponíveis.
Entre abril e junho de 2025, a média dos valores dos créditos habitacionais solicitados teve um aumento de 2%, alcançando aproximadamente 175.122 euros, especialmente em um cenário de juros baixos e preços elevados dos imóveis. As famílias que optam por esses empréstimos estão buscando propriedades com um custo médio de 208.619 euros e uma taxa de financiamento que se aproxima de 86%. Essa dinâmica reflete um interesse crescente entre os jovens, com especial destaque para a faixa etária entre 25 e 35 anos, que se mostra mais propensa a aproveitar os benefícios oferecidos pelo governo.
Por outro lado, análise dos contratos firmados mostra que a maioria dos jovens que realmente concretizaram a compra possui uma quantidade significativa de economias e empregos estáveis. Embora os pedidos de crédito habitacional à disposição reflitam um amplo interesse, a elevada concorrência, os preços elevados e as insuficientes economias parecem limitar efetivamente a capacidade de muitos jovens, especialmente aqueles que ganham menos de 2.000 euros, de concluir o processo de aquisição. Consequentemente, essas dificuldades financeiras resultam em taxas de esforço que muitas vezes ultrapassam os limites recomendados pelo Banco de Portugal.
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