A vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, Filipa Roseta, revelou que a autarquia enfrenta uma situação crítica de ocupações abusivas de habitações municipais, com um total de mais de 1.000 ocorrências registradas, das quais 700 ainda estão pendentes de resolução. Durante uma reunião da Assembleia Municipal, Roseta destacou a complexidade do problema, ressaltando que a abordagem da câmara é pautada pela humanização, mesmo em face da necessidade de rigor. A vereadora também detalhou que, até agora, mais de 300 casos foram resolvidos, mas que a presença de famílias em situações de vulnerabilidade social é um desafio constante.
A discussão em torno de uma recomendação do partido Chega, que pedia a identificação e desocupação imediata das habitações ocupadas ilegalmente, foi marcada por divergências políticas. A proposta, que recebeu o apoio de partidos como PSD e Chega, foi rejeitada por outras forças políticas como BE, PS e PCP, que argumentaram que a Câmara já estava a manusear o problema de forma adequada e humanitária. Filipa Roseta elogiou o trabalho já realizado, mas admitiu que a herança da ocupação irregular é um “legado pesado” que deve ser tratado com cuidado.
Filipa Roseta destacou ainda que as regularizações em curso estão a ser escrutinadas caso a caso, focando em apoiar aqueles que realmente necessitam de habitação. A vereadora enfatizou que a câmara não apenas procura resolver as ocupações, mas também educar e oferecer alternativas a quem, por falta de informação, não compareceu a concursos habitacionais. Com a determinação de estancar o fenómeno, a reunião sublinhou as tensões entre diferentes visões políticas sobre a habitação e a crise social que afeta muitas famílias em Lisboa.
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