Investidores de todo o mundo estão acelerando a compra de ouro, atraídos por uma valorização impressionante que ultrapassou 50% este ano. O preço do metal precioso atingiu um recorde de 4.000 dólares por onça, o que o coloca a caminho de registrar sua melhor valorização desde 1979. As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China também têm contribuído para essa escalada, instigando tanto profissionais financeiramente experientes quanto novos investidores a buscar segurança no ouro.
Os bancos centrais, especialmente de países em desenvolvimento, têm sido o principal motor desta recuperação, ampliando suas reservas de ouro e reduzindo a dependência do dólar americano. Dados do Conselho Mundial do Ouro indicam que a proporção de ouro nas reservas dos bancos centrais subiu de 10% para cerca de 24% na última década. Este movimento é interpretado como proteção contra um possível colapso financeiro global, enquanto os especialistas debatem se a trajetória de alta continuará ou se já estaríamos diante de uma bolha.
Com o aumento das expectativas de cortes nas taxas de juro, o apelo do ouro se torna ainda mais forte, uma vez que a renda das dívidas públicas se torna menos atraente. No entanto, algumas análises alertam que a rápida valorização do ouro pode ser afetada se os bancos centrais começarem a vender parte de suas reservas. A produção de ouro, que depende das capacidades das empresas mineradoras, permanece estável a curto prazo, o que poderá influenciar a oferta e, consequentemente, os preços no futuro.
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