Em um mundo onde o cuidado é fundamental, milhares de profissionais continuam a trabalhar de maneira invisível, desempenhando funções vitais que sustentam as sociedades. Neste 29 de outubro, a ONU destaca a importância do trabalho dos cuidadores, muitos dos quais são mulheres que frequentemente realizam essas atividades sem remuneração, reconhecendo o papel essencial que desempenham em nossas vidas.
O cenário global revela que as mulheres dedicam mais de 2,5 vezes o tempo que os homens a cuidados não remunerados, defendendo a necessidade urgente de reconhecimento e valorização desse trabalho. Essa desigualdade de tempo e reconhecimento impacta diretamente suas oportunidades profissionais e perpetua um ciclo de desigualdade.
Apesar da relevância dessas funções, a falta de proteção social e condições dignas de trabalho tem sido um fator preocupante. De acordo com a ONU Mulheres, 45% das mulheres em idade ativa estão fora do mercado de trabalho devido a responsabilidades de cuidado, em contraste com apenas 5% dos homens. Este panorama chama a atenção para a urgência de transformações necessárias para garantir que o cuidado seja considerado um trabalho vital, essencial para a manutenção das economias e das comunidades.
A proposta da ONU é que o cuidado seja tratado como um bem público. O investimento na infraestrutura e na tecnologia adequada, além da redistribuição justa das responsabilidades de cuidado entre gêneros, é crucial para a construção de sociedades mais sustentáveis e igualitárias. A valorização dos cuidadores não só reconhece seu esforço, mas também representa um passo necessário para garantir salários dignos e condições de trabalho adequadas.
Com a estimativa de que, se contabilizado, o trabalho não remunerado de cuidado representaria mais de 40% do PIB em alguns países, a ONU reforça que “cuidar é o fundamento de tudo”. O tema deste ano, “Cuidados e Apoio para Todos”, lembra que o cuidado é uma necessidade compartilhada ao longo da vida, unindo todos em uma reflexão sobre como fazer desse esforço invisível uma prioridade reconhecida e valorizada.
Origem: Nações Unidas
