Uma parceria entre o Brasil e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), junto com a Convenção Quadro da ONU sobre Mudança Climática (Unfccc), lançou uma iniciativa focada na integridade da informação. Este mês, foi divulgado um edital para a Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudança do Clima, com o objetivo de combater a desinformação que circula online e que muitas vezes é impulsionada por interesses políticos e econômicos.
O chamado busca mobilizar países e organizações para melhorar a confiança pública nas informações científicas relacionadas às mudanças climáticas. A proposta é apoiada por nações como Marrocos, Chile, Reino Unido, França, Dinamarca e Suécia, e as melhores campanhas e estratégias de comunicação serão apresentadas durante a COP30, que ocorrerá em Belém do Pará em novembro.
João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, destacou que a COP30 serve como uma vitrine para iniciativas que combatem a desinformação. Ele enfatizou a importância de que as plataformas digitais assumam a responsabilidade pelo conteúdo que divulgam e que a internet deve ser um espaço regulado, sem a normalização de práticas que seriam consideradas criminosas no mundo offline.
Além disso, o Brasil está se preparando para incluir a educação digital nas escolas a partir de 2026, com o objetivo de alfabetizar crianças em questões relativas a algoritmos e linguagem de programação. Até agora, 60 mil professores já foram treinados para abordar esses temas.
Brant também ressaltou a relevância dos Princípios Globais da ONU e do Pacto Global Digital, enfatizando que a iniciativa busca criar um ambiente onde os cidadãos tenham acesso a informações confiáveis e consistentes. Ele defende que a desinformação deve ser enfrentada de maneira holística, com políticas que desmantelim narrativas prejudiciais que impactam tanto a esfera política quanto a sociedade em geral.
Origem: Nações Unidas