O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, expressou preocupações sobre o impacto da crise imobiliária na confiança dos cidadãos europeus, ressaltando que essa situação pode estar atrasando a recuperação do consumo. Em suas declarações durante um evento promovido pelo Natixis CIB, ele sugeriu que uma revisão das regulamentações habitacionais é uma medida essencial para melhorar a oferta de imóveis para arrendamento. Guindos enfatizou que o aumento dos preços dos imóveis, aliado à estagnação da construção civil, está gerando problemas sociais na zona do euro, especialmente na esfera do mercado de arrendamento.
Além disso, Guindos explicou que a esperada reativação do consumo das famílias não está ocorrendo na velocidade esperada, possivelmente devido a fatores como riscos geopolíticos e o estado do mercado imobiliário. Embora exista uma leve recuperação econômica na zona do euro, com um crescimento projetado do PIB ligeiramente acima de 1%, a confiança dos consumidores continua a ser um ponto frágil. O vice-presidente do BCE afirmou que a evolução do mercado de serviços e dos salários tem mostrado sinais positivos, mas a recuperação do consumo precisa ser monitorada com atenção.
Quanto às taxas de juros, Guindos afirmou que os níveis atuais são adequados. Ele minimizou o risco de que a inflação caia abaixo da meta do BCE, destacando que quaisquer variações devem ser temporárias e não devem provocar mudanças permanentes na política monetária. O vice-presidente também lembrou que a instituição se concentra na evolução cambial, mas não possui limites específicos que possam causar reações no conselho de governadores, priorizando a estabilidade e a previsibilidade nas projeções econômicas.
Ler a história completa em Idealista Portugal






