O contexto macroeconômico mundial está cada vez mais complicado, especialmente na Europa, onde a França enfrenta uma crise política e a Alemanha registra um recuo econômico. Com a guerra na Ucrânia e a escalada de conflitos no Oriente Médio, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter suas taxas de juro inalteradas na última reunião de política monetária, realizada nesta quinta-feira. A decisão foi influenciada pela inflação estável na zona euro, levando o BCE a manter a taxa de depósitos entre 1,75% e 2,25%.
Os analistas já esperavam essa decisão, dado o cenário econômico incerto e a inflação, que em agosto se fixou em 2,1%, ligeiramente acima da meta do BCE de 2%. De acordo com o economista sênior da Generali AM, Martin Wolburg, a tendência de desinflação continua, e é provável que a inflação se mantenha abaixo de 2% no futuro. No entanto, economistas como Isabel Schnabel, do BCE, indicam que os cortes de juros anteriores ainda não se refletiram plenamente na economia real, tornando a cautela essencial.
À medida que a situação econômica global continua a ser alarmante, com a possibilidade de novas taxas de juro sendo discutidas, a expectativa é de que o BCE mantenha sua abordagem conservadora. A pressão por um corte pode surgir, mas muitos especialistas acreditam que mudanças nas taxas podem ser adiadas. Konstantin Veit, da Pimco, observa que a margem de manobra da política monetária está sendo preservada, minimizando riscos futuros, enquanto a economia da zona euro se sustenta com uma demanda interna resiliente.
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