O Banco Central Europeu (BCE) expressou sua preocupação com o crescimento ainda tímido da zona euro, apesar de sinais de melhoria. O vice-presidente Luis de Guindos mencionou que, após um período de inflação elevada, que alcançou dois dígitos em 2022, a situação parece estar se estabilizando, com a inflação agora próxima da meta de 2% estabelecida pelo BCE. Guindos destacou o evento Euro Finance Week como um momento importante para discutir esses desafios econômicos.
Além disso, o vice-presidente abordou a diminuição da incerteza na política comercial, em parte devido a acordos entre os Estados Unidos e seus principais parceiros. Essa redução de tensões permite que o mercado desvie a atenção das questões geopolíticas imediatas, focando nas implicações econômicas de tarifas e fricções comerciais. No entanto, Guindos alertou sobre os riscos financeiros derivados da concentração e interconexão no setor tecnológico, especialmente no que tange à inteligência artificial, o que pode gerar uma vulnerabilidade maior aos mercados.
Os riscos financeiros na região não se limitam à volatilidade dos preços das ações, mas se estendem aos elevados déficits orçamentais e ao endividamento de alguns países da zona euro. Guindos apontou que essa fragilidade orçamentária pode afetar a confiança dos investidores na capacidade de pagamento da dívida, resultando em tensões nos mercados de títulos soberanos. Com a expectativa de que esses déficits persistam, especialmente devido ao aumento de gastos com defesa, o BCE continuará monitorando a situação, preparando-se para relatar esses riscos em uma apresentação futura sobre a estabilidade financeira da Europa.
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