Madrid, 2025: O Futuro da IA en Aposta Energética e Infraestrutura
A inteligência artificial (IA) já não é apenas uma demonstração de laboratório; evoluiu para se tornar uma estratégia de negócios vital. No entanto, essa transição traz consigo uma demanda elétrica e térmica sem precedentes. As novas gerações de servidores GPU consomem entre 50 e 80 kW de forma sustentada, com alguns pilotos excedendo 100 kW, enquanto muitos centros de dados antigos ainda estão dimensionados para 5-10 kW por rack. Mesmo grandes plataformas em locais como Ashburn (Virgínia do Norte), Dublin e Singapura enfrentam moratórias e limites de conexão.
David Carrero, cofundador da Stackscale, alerta que, sem uma mudança para infraestrutura bare-metal de alta densidade com refrigeração líquida e arquitetura elétrica adequada, será impossível escalar clusters de IA na Europa sem enfrentar desafios significativos com a rede elétrica.
Desafios Elétricos e Térmicos
À medida que as necessidades de IA sobem, a infraestrutura elétrica deve acompanhar. A engenharia elétrica precisa ser adaptada, utilizando sistemas de 415 V trifásicos e PDUs capazes de suportar cargas pesadas, enquanto é fundamental monitorar e gerenciar picos de demanda para evitar cortes de energia.
A refrigeração é outra área crítica, onde a normalidade passa a ser a refrigeração líquida e a imersão, especialmente quando a demanda atinge ou supera os 80-100 kW por rack. Carrero ressalta que a refrigeração líquida é essencial para manter a eficiência e o desempenho em níveis aceitáveis.
Soluções e Estratégias
As melhores práticas incluem a utilização de contratos de compra de energia (PPAs) a longo prazo, micro-redes para picos de demanda e a orquestração cuidadosa do trabalho para evitar sobrecargas na rede. O monitoramento detalhado e a coordenação com fornecedores de energia estão se tornando cada vez mais essenciais para uma operação bem-sucedida.
Considerações Finais
À medida que 2025 se aproxima, a integração de práticas de FinOps elétrico e técnicas de SRE para IA será crucial para garantir a viabilidade das operações de IA. A abordagem bare-metal, com ênfase em eficiência energética e conformidade, pode oferecer a solução necessária para escalar com sucesso e de forma sustentável, atendendo, assim, às exigências do mercado e aos compromissos ESG.
A pergunta agora não é só se é possível operar a 80 kW por rack, mas sim se é possível fazê-lo sem comprometer a rede e os acordos de nível de serviço. A combinação de ambição e disciplina em infraestrutura será a chave para liderar o futuro da IA na Europa.






