Com a aproximação do final do ano, os bancos que operam em Portugal aceleram os esforços para limpar seus balanços. Essas instituições estão focadas na venda de carteiras de crédito malparado e ativos imobiliários, totalizando cerca de 300 milhões de euros. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) é uma das entidades que iniciaram novas alienações, oferecendo uma carteira de empréstimos não produtivos avaliada em aproximadamente 100 milhões de euros, que inclui exposições sem garantias, o que pode significar um valor recuperável inferior ao montante contabilizado.
Além da CGD, o BBVA também se destaca nesse movimento, disponibilizando uma carteira de imóveis avaliada em 20 milhões de euros. Essa carteira contém quase quarenta ativos, principalmente terrenos em diversas regiões do país, sendo parte de um esforço mais amplo das instituições financeiras para desinvestir em ativos não estratégicos. A estratégia de redução do crédito malparado, promovida pelos bancos centrais após a crise financeira de 2008, mostrou resultados significativos, com o rácio de NPL reduzido de 17,5% para 2,3% nos últimos dez anos.
Apesar dos avanços, especialistas alertam que a convergência com o setor bancário europeu ainda é necessária. O requisito médio de capital de Pilar 2 dos principais bancos portugueses diminuiu ligeiramente, de 2,38% para 2,29% nos últimos três anos, refletindo uma tendência positiva de estabilidade. No entanto, o caminho para eliminar completamente os ativos problemáticos continua, e 2025 poderá ser um ano crucial nesse processo de reestruturação.
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