No início de 2025, Portugal testemunhou um aumento significativo nas vendas de casas e nos preços da habitação, com um incremento anual de 16,3% no custo das propriedades, conforme revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Durante o primeiro trimestre, o número de transações atingiu 41.358, uma subida de 25% em relação ao ano anterior. Este fenômeno ocorre em um contexto de alívio das taxas de juros e a introdução da garantia pública de crédito para jovens, um fator que analistas têm discutido em relação ao aquecimento do mercado imobiliário.
Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, argumenta que a garantia pública não é a principal responsável pelo aumento dos preços das casas. Ele enfatiza que o foco deve ser o reforço da oferta no mercado. Durante a Conferência da Promoção Imobiliária em Portugal, Maya destacou que a verdadeira solução para atender os jovens que buscam sua primeira casa reside em aumentar a oferta habitacional e não apenas confiar em garantias estatais. “O planejamento não foi feito como deveria, e durante 20 anos ignoramos as mudanças que estavam acontecendo na sociedade”, afirmou.
Além disso, ele propôs que uma das apostas para mitigar a escalada dos preços seria investir em modelos de arrendamento, como o “build to rent”. Esse modelo, segundo ele, pode funcionar bem, mas o sucesso depende da confiança dos investidores, que temem mudanças súbitas nas condições de aluguel. Para garantir esse investimento, é necessário garantir maior previsibilidade, o que ajudaria a estabilizar o mercado e a promover soluções para o acesso à habitação em Portugal.
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