Um novo estudo do Banco Mundial aponta que o Brasil pode reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 59% até 2030, enquanto busca o equilíbrio fiscal. O relatório intitulado Dois por Um: Políticas para Atingir Sustentabilidade Fiscal e Ambiental destaca o potencial do país para se tornar um protagonista no mercado de carbono, podendo desempenhar um papel significativo na mitigação das emissões.
Apesar de o mercado regulado de carbono brasileiro ter sido estabelecido apenas no final de 2024, o economista sênior Cornelius Fleischhaker, responsável pelo estudo, expressa otimismo sobre o futuro. “Embora esse mercado esteja em fase de criação e leve tempo para amadurecer, sua implementação poderá gerar um impacto considerável a longo prazo”, afirma.
Outra sugestão central do relatório é a eliminação dos subsídios aos combustíveis fósseis. Essa medida visa garantir que os preços desses combustíveis reflitam seus custos reais, com a implementação de mecanismos compensatórios para proteger as camadas mais vulneráveis da população.
A economista Monica de Bolle, pesquisadora sênior do Peterson Institute for International Economics, destacou em entrevista à ONU News que o foco não está em retirar benefícios, mas em reorganizar esses recursos de maneira que beneficie tanto o povo quanto as agendas fiscal e ambiental do país.
O relatório também sugere a tributação de atividades nocivas ao meio ambiente, a fim de estimular mudanças comportamentais e promover benefícios tanto fiscais quanto ambientais.
Origem: Nações Unidas