O Conselho de Diretores do Banco Mundial anunciou a aprovação de um projeto inovador que visa expandir a Linha 4 do Metrô de São Paulo até a cidade vizinha de Taboão da Serra. Esta será a primeira vez que o sistema metroviário paulista se estenderá além dos limites da capital. A proposta tem como principal intuito oferecer um transporte mais ágil, sustentável e seguro para os milhares de passageiros que utilizam o sistema diariamente.
Com um investimento total estimado em US$ 893,6 milhões, sendo US$ 400 milhões oriundos do Banco Mundial, a expansão está projetada para beneficiar aproximadamente 50 mil pessoas diariamente até 2030. A conexão com Taboão da Serra é de grande importância, uma vez que a região apresenta rendas inferiores a 70% em comparação ao centro de São Paulo, destacando a necessidade de melhor acesso a oportunidades de emprego para os moradores.
O projeto também representa um marco, pois é a primeira vez que uma concessionária privada implementará um projeto financiado diretamente pelo Banco Mundial no Brasil. Segundo Edpo Covalciuk, especialista em Transporte do Banco Mundial, a Linha 4 já é reconhecida como um dos sistemas mais eficientes e inovadores da América Latina.
A nova extensão da linha, que terá 3,3 quilômetros de comprimento e incluirá duas novas estações, oferecerá integração total entre metrô e ônibus, sendo totalmente eletrificada e dotada de tecnologia de ponta, como trens autônomos e infraestrutura acessível. Espera-se que a expansão não apenas reduza o tempo de deslocamento, mas também minimize as emissões de carbono em aproximadamente 650 mil toneladas, alinhando-se com as metas climáticas do estado.
Com uma população local que vive predominantemente com baixos salários, o acesso facilitado ao transporte público é crucial para cerca de 230 mil pessoas que terão uma estação próxima de casa, melhorando significativamente sua qualidade de vida. A construção de túneis, trilhos e uma nova subestação de energia faz parte do planejamento, que também contempla medidas de segurança e acessibilidade, beneficiando especialmente grupos vulneráveis.
O projeto, além de promover mobilidade urbana eficiente, visa impulsionar a geração de empregos em diversos setores técnicos e operacionais, destacando a importância das parcerias público-privadas para a infraestrutura do país.
Origem: Nações Unidas