O Banco Central da Rússia anunciou na última sexta-feira uma redução significativa nas taxas de juros, baixando de 21% para 20%. Essa é a primeira diminuição desde setembro de 2022 e vem em resposta a um crescente clamor de empresas, altos funcionários e políticos que criticaram a prolongada política anti-inflacionista do banco. A decisão foi tomada em um momento em que a inflação permanece elevada, atingindo 9,8%, apesar de uma desaceleração no crescimento dos preços observada em maio.
A instituição garantiu que continuará a manter condições monetárias restritivas para conseguir trazer a inflação de volta à meta estabelecida para 2026, o que indica um longo período de controle rigoroso das taxas. As expectativas de inflação ainda são vistas como uma preocupação, com muitos analistas destacando a volatilidade que pode afetar a eficácia das atuais políticas. O Banco Central também prevê que os juros permaneçam próximos de 20% durante o ano, com uma possível queda para 13% ou 14% apenas em 2026.
As altas taxas de juros, apesar de justificadas pela necessidade de controlar a inflação, têm gerado um impacto negativo na economia russa, levando ao fechamento de diversas empresas que não conseguiram se adaptar. Críticas à governadora Elvira Nabiulina têm aumentado, com líderes políticos, incluindo o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, questionando a duração das políticas restritivas. O saldo orçamentário, porém, viu um aumento de 26% em receitas provenientes de falências, refletindo um panorama econômico complexo e desafiador para o país.
Ler a história completa em Idealista Portugal