O Banco Central da Rússia (BCR) decidiu manter as taxas de juro em 21% pela terceira reunião consecutiva, conforme anunciado na última sexta-feira (21 de março de 2025). Essa taxa, que foi estabelecida em outubro de 2024, permanece inalterada, desafiando as expectativas de economistas que previam um aumento devido à inflação persistente. Segundo o regulador, embora a pressão inflacionista tenha diminuído, ela ainda se apresenta elevada, impulsionada pela demanda interna que supera as capacidades de oferta de bens e serviços.
O BCR ressalta que, apesar das altas taxas de juro, o crescimento das atividades de crédito continua contido, evidenciando um comportamento cauteloso por parte da população em relação ao consumo. O banco enfatiza que as condições atuais são necessárias para o eventual retorno ao objetivo de inflação de 4% em 2026. No entanto, o banco também alertou que poderá considerar um aumento das taxas em caso de não cumprimento das metas inflacionárias, sinalizando a importância de monitorar de perto a dinâmica da inflação e as suas expectativas.
A postura prudente do BCR, que tem gerado debates entre banqueiros e empresários sobre os possíveis riscos para a economia nacional, encontrou respaldo no Presidente Vladimir Putin. O líder russo incentivou o banco a explorar medidas econômicas alternativas, além do aumento das taxas de juro, como forma de combater a inflação elevada. Com a próxima reunião do conselho do BCR agendada para 25 de abril, o cenário econômico permanece tenso, especialmente em um contexto em que a moeda nacional, o rublo, continua a desvalorizar-se, atingindo níveis críticos desde o início da guerra na Ucrânia.
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