As inundações repentinas que devastaram o Texas deixaram um rastro de tragédia, resultando na morte de mais de 100 pessoas, incluindo muitas crianças que estavam em acampamentos de férias. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) expressou suas condolências às famílias afetadas e sublinhou a importância de melhorar os sistemas de alerta antecipado, que falharam em proteger os cidadãos durante este evento catastrófico.
No condado de Kerr, onde as águas do rio Guadalupe subiram quase 8 metros em apenas 45 minutos, a situação tornou-se crítica por volta das 4 da manhã. Embora o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos tenha emitido um alerta de inundação repentina mais de 12 horas antes do desastre, muitos dos avisos finais chegaram quando as pessoas já estavam dormindo. As sirenes locais não funcionaram nos campos, agravando ainda mais a situação.
As recentes inundações refletem uma tendência alarmante, relacionada às mudanças climáticas e ao aumento da urbanização. Especialistas alertam que uma atmosfera mais quente, que retém mais umidade, resulta em chuvas intensas, tornando eventos extremos mais frequentes. No caso do Texas, uma umidade tropical proveniente de tempestades no México resultou em precipitações entre 25 a 46 cm em um curto espaço de tempo, sobrecarregando a bacia do rio.
Esse tipo de desastre é reconhecido pelas suas características letais, sendo responsável por cerca de 5 mil mortes anualmente em todo o mundo. Definidas por seu aumento rápido do nível da água, essas inundações impactam severamente a infraestrutura e as comunidades, especialmente em áreas urbanas e montanhosas.
A OMM, comprometida em apoiar os países afetados, opera o Sistema de Orientação de Inundações Repentinas, que oferece previsão e alertas em tempo real para ajudar a mitigar os danos causados por esses eventos extremos.
Origem: Nações Unidas