Uma recente pesquisa da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com a Luiss Business School da Itália, revelou que o Brasil está entre as 27 economias de alta e média rendas que experimentaram um crescimento de cerca de 3% em investimento em bens intangíveis, totalizando US$ 7,6 trilhões em 2024. Esse aumento revela um interesse crescente em ativos intangíveis, como software, dados e marcas, que superaram os investimentos em ativos físicos, como maquinários e prédios, que permanecem estagnados devido a altas taxas de juros e uma recuperação econômica lenta.
Os Estados Unidos se destacam como líderes absolutos nesse segmento, com investimentos que somam US$ 4,7 trilhões, quase o dobro dos valores combinados de França, Alemanha, Japão e Reino Unido. A Suécia mantém sua posição como a economia com maior intensidade de investimento em ativos intangíveis, alcançando 16% do seu PIB, seguida de perto por outros países como EUA e França, ambos com 15%.
No Brasil, a intensidade dos investimentos em ativos intangíveis é de 8,5%, superior à da Espanha e da Grécia, e comparable à da Polônia. Ao longo da última década, o Brasil, juntamente com a Índia, apresentou níveis de investimento intangível comparáveis aos de várias economias avançadas da União Europeia, atingindo um recorde de US$ 244 bilhões em 2021.
Entre as categorias de ativos, as marcas se destacam no Brasil, representando 25% do investimento total. A pesquisa também indicou um crescimento notável na categoria de software e bancos de dados, que teve um aumento médio de 7% ao ano entre 2013 e 2022, impulsionado em grande parte por inovações em inteligência artificial e ferramentas digitais.
Os resultados destacam a importância dos ativos intangíveis na transformação da economia, evidenciando que a combinação de infraestrutura tangível e capacidades intangíveis pode potencializar os impactos econômicos da inteligência artificial, refletindo a necessidade de um investimento equilibrado em tecnologia e infraestrutura.
Origem: Nações Unidas