O stock logístico em Portugal registou um aumento significativo de mais de 30% entre 2019 e 2025, passando de cerca de quatro milhões de metros quadrados para 5,5 milhões de metros quadrados. No entanto, as taxas de disponibilidade, que estão historicamente baixas, refletem um desafio para o mercado. No Porto, as taxas de disponibilidade estão abaixo de 1%, enquanto Lisboa alcança 4%, influenciada por Palmela, que apresenta uma taxa superior a 10%. Nuno Torcato, diretor da CBRE Portugal, ressaltou a resiliência do mercado, mas alertou para a necessidade urgente de modernização do parque logístico.
Até agosto de 2023, o valor transacionado em ativos industriais e logísticos atingiu 124 milhões de euros, com previsões para fechar o ano entre 280 e 360 milhões de euros. Esta tendência posiciona 2025 como um ano potencialmente histórico para o segmento logístico em Portugal. As yields, que se situam em 5,75% em Lisboa e 6% no Porto, destacam-se entre os segmentos imobiliários nacionais, exceto os centros comerciais. O aumento das rendas prime, que cresceram 40% desde 2019, contribui para a atratividade do investimento logístico no país.
No contexto atual, a pressão da procura por espaços logísticos continua elevada, apesar da escassez. A modernização e a eficiência energética tornaram-se critérios cruciais na escolha de novos ativos, em um mercado que se divide entre ativos de qualidade e obsoletos. A adaptação às novas necessidades do e-commerce também se reflete em um crescimento da procura moderado, com retalhistas a integrar os seus canais online em cadeias já existentes. Este cenário apresenta uma oportunidade única para investidores que desejam desenvolver novos projetos ou requalificar ativos existentes, mesmo diante de desafios significativos.
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