O Programa Mundial de Alimentos (WFP) fez um apelo urgente nesta quarta-feira sobre a crescente crise da fome em Gaza, enfatizando que as oportunidades para mitigar a situação estão se esvaindo rapidamente devido às restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária no território. Samer Abdel Jaber, diretor regional do WFP, apresentou através das redes sociais um conjunto de medidas necessárias para enfrentar o estado crítico percebido na região.
Entre as recomendações, destacam-se a criação de múltiplos pontos de acesso e rotas seguras para alcançar as famílias constantemente deslocadas, além do apoio da comunidade internacional para facilitar o trabalho dos agentes humanitários. Um cessar-fogo sustentado foi enfatizado como fundamental para o sucesso dessas iniciativas.
Em outro comunicado, a Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) revelou que, anteriormente, existiam 400 pontos de distribuição de ajuda em toda a Faixa de Gaza, coordenados pela ONU e outras organizações. No entanto, o atual programa de ajuda humanitária é considerado pela Unrwa como inadequado e degradante, uma vez que os necessitados precisam percorrer grandes distâncias para conseguir uma quantidade mínima de alimentos, frequentemente sob risco de serem alvos de ataques.
A Unrwa alertou que a fome na região está sendo usada como uma tática de guerra, destacando cenas alarmantes de pessoas desmaiando nas ruas devido à falta de alimentos e água. O pedido é claro: a situação de cerco deve ser levantada, permitindo que as Nações Unidas possam realizar seu trabalho de entrega de assistência humanitária de maneira segura e eficaz, com prioridade para os grupos mais vulneráveis como mulheres, crianças e pessoas com deficiência.
Origem: Nações Unidas