As Nações Unidas divulgaram um relatório alarmante sobre a crescente violência contra trabalhadores humanitários, revelando que 383 profissionais perderam a vida em 20 países no ano passado, um recorde preocupante. Destes, muitos faleceram em decorrência de ataques deliberados, o que configura uma grave violação dos direitos humanos. Tom Fletcher, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, classificou essa escalada de agressões como “uma vergonhosa denúncia da falta de ação e apatia internacionais”.
Nesta terça-feira, no Dia Mundial Humanitário, a ONU ressaltou a escalada nos ataques em 2024, que já resultaram em um aumento de 31% nas mortes em comparação ao ano anterior. Gaza se destacou como a região mais afetada, contabilizando 181 fatalities, seguida pelo Sudão, onde 60 trabalhadores humanitários perderam a vida. Os dados indicam que grupos estatais estão entre os responsáveis pela maioria desses assassinatos, com muitos dos funcionários locais atacados enquanto desempenhavam suas funções ou ao retornarem para casa.
Além das mortes, a situação deste ano mostra que 308 trabalhadores humanitários sofreram ferimentos, enquanto 125 foram sequestrados e 45 detidos. Fletcher enfatizou que qualquer ataque a um profissional humanitário perpetua um ataque ao movimento de auxílio e às comunidades que dependem desses serviços. Ele fez um apelo para que os líderes internacionais tomem medidas enérgicas para proteger civis e trabalhadores humanitários, e para que os responsáveis por esses atos sejam responsabilizados. Os ataques não apenas violam o direito internacional, mas também comprometem a subsistência de milhões de pessoas em regiões afetadas por conflitos e desastres.
Origem: Nações Unidas