Cidades espanholas enfrentam desafios do envelhecimento populacional
Recentemente, um estudo da Holidu destacou as cidades espanholas com a maior proporção de habitantes acima de 65 anos, revelando a crescente preocupação com o envelhecimento demográfico no país. Com isso, diversas localidades campeãs em longevidade estão adaptando suas estruturas e serviços para atender às necessidades de uma população cada vez mais idosa, refletindo também em suas dinâmicas sociais e econômicas.
Em Ferrol, na Galícia, 29,67% da população possui mais de 65 anos. A cidade, com 64.218 habitantes, tem se empenhado em revitalizar sua economia, buscando modelos que priorizem serviços de saúde, moradia acessível e atividades recreativas. A iniciativa de criar "cidades amigas dos idosos" busca alinhar as infraestruturas urbanas às expectativas dessa faixa etária.
Salamanca, famosa por sua universidade, conta com 144.458 habitantes, dos quais 28,92% são idosos. A cidade promove o intercâmbio de conhecimentos entre gerações, investindo em iniciativas intergeracionais e turismo inclusivo. A preservação de seu rico patrimônio histórico também é um foco, criando um ambiente urbano acessível para os mais velhos.
Outro exemplo é León, onde 28,59% da população tem mais de 65 anos. A cidade se destaca por integrar avanços tecnológicos com serviços que atendem essa parcela do público, ao mesmo tempo que preserva sua rica herança cultural. Projetos como casas inteligentes visam melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Em Getxo, 28,28% são maiores de 65 anos. A cidade enfrenta desafios relacionados ao envelhecimento, mas já iniciou programas recreativos e busca melhorar o transporte e a acessibilidade, visando oferecer uma vida ativa e integrada a todos os moradores.
Zamora é destacada por seu trabalho em construir uma comunidade forte, com 28,15% de seus habitantes acima dessa faixa etária. Iniciativas como centros de dia visam reduzir a solidão entre os idosos, mas há a necessidade de expandir essas redes de apoio e integrar tecnologia para acesso eficaz a serviços essenciais.
Gijón e Valladolid também estão na lista, com percentuais de 27,94% e 27,90% respectivamente. A primeira tem investido em espaços culturais que promovem a interação intergeracional, enquanto a segunda se concentra na criação de redes de apoio que incentivam o envelhecimento ativo.
No entanto, Basauri, Avilés, e Torrelavega não ficam atrás, com 27,89%, 27,79%, e 27,59% de suas populações sendo maiores de 65 anos. Essas cidades estão implementando programas e políticas que incentivam a atividade física e a inclusão social, essenciais para garantir que os idosos permaneçam conectados e ativos em suas comunidades.
Essas transformações urbanas e sociais são fundamentais para um futuras sustentáveis e têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida nas cidades espanholas, moldando um ambiente mais amigável e inclusivo para todos os cidadãos.