Neste 19 de agosto, a comunidade internacional celebra o Dia Mundial Humanitário, um momento para destacar a importância da proteção dos trabalhadores humanitários e do respeito ao direito humanitário internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um total alarmante de 390 trabalhadores humanitários perdeu a vida no último ano, batendo recordes e evidenciando os riscos enfrentados por aqueles que atuam em zonas de crise.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu uma mensagem contundente, pedindo que o mundo reconheça e honre os que sacrificaram suas vidas para ajudar os necessitados. Em sua fala, ele ressaltou a necessidade de proteger cada trabalhador humanitário e a urgência de confrontar as “mentiras que custam vidas”. Guterres também defendeu uma maior responsabilização dos que cometem crimes contra esses profissionais, enfatizando que é imperativo que os responsáveis sejam levados à justiça e que o tráfico de armas seja controlado.
O secretário-geral destacou situações críticas, como os conflitos em Gaza e Sudão, onde as violações ao direito internacional são frequentes. Ele reiterou que os trabalhadores humanitários devem ser protegidos em todas as circunstâncias e que essa é uma regra “inegociável e vinculativa”.
Além disso, Guterres expressou preocupação em relação à falta de vontade política e coragem moral por parte dos governos em implementar as diretrizes e regras já existentes para proteger os trabalhadores humanitários. Ele ressaltou a importância do compromisso dos governos em agir eficazmente para garantir a segurança desses profissionais.
O Dia Mundial Humanitário foi instituído pela Assembleia Geral da ONU em memória dos trabalhadores humanitários que enfrentam enormes riscos em suas missões. A data também homenageia as vítimas do ataque a bomba em 2003 no Hotel Canal, em Bagdá, onde 22 trabalhadores, incluindo o brasileiro Sergio Vieira de Mello, perderam a vida. A ONU continua a incentivar a conscientização sobre os esforços desses profissionais em todo o mundo, clamando por proteção e respeito em todas as frentes de batalha.
Origem: Nações Unidas