O primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Carlos Humberto de Carvalho, destacou a importância do poder local na resolução do problema da habitação em uma conferência realizada na segunda-feira, 15 de setembro de 2025. Ele enfatizou que os municípios têm desempenhado um “trabalho extraordinário”, mas alertou que não se pode esperar que assumam responsabilidades sem os meios necessários para agir. Durante a apresentação do Guia de Elaboração das Cartas Municipais de Habitação, o secretário afirmou que a colaboração entre os municípios é vital, mas é preciso enfrentar a burocracia e os entraves legais que dificultam o progresso.
A arquiteta Helena Roseta, participante do evento, defendeu uma abordagem que considere tanto a dimensão metropolitana quanto as necessidades individuais das famílias. Ela fez um apelo por uma visão mais integrada e por um fortalecimento do poder metropolitano, que permita um enfrentamento mais eficaz da crise habitacional. Roseta elogiou o guia como uma iniciativa importante, mas ressaltou a necessidade de uma mobilização contra a burocracia e um foco em soluções de longo prazo.
João Pedro Costa, presidente do Centro de Investigação de Arquitetura, Urbanismo e Design, também abordou a complexidade do problema habitacional, ressaltando o aumento das barracas e a situação da “cama quente”. Ele destacou a importância de unir esforços entre os setores público, privado e cooperativo, afirmando que “todas as respostas fazem falta”. Acrete sobre a urgência da ação conjunta, Costa expressou que a ideologia não deve impor barreiras no diálogo sobre habitação e enfatizou que o guia apresentado pode servir como um passo significativo nesse processo.
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