Cerca de 80% do comércio global é realizado por meio marítimo, destacando a importância das rotas aquáticas para a economia mundial. No entanto, essas vias enfrentam crescentes ameaças, o que levou o Conselho de Segurança da ONU a discutir a vulnerabilidade das rotas marítimas em sua reunião nesta segunda-feira.
O secretário-geral da Organização Marítima Internacional (OMI), Arsenio Domínguez, expressou preocupação com a segurança dessas rotas, ressaltando que, em 2024, foram quase 150 ataques a embarcações, com foco em regiões como o Estreito de Málaca e o Oceano Índico. Ele afirmou que essas ofensivas representam riscos significativos não apenas às embarcações e cargas, mas também à vida dos marinheiros e à integridade do comércio global.
Além das tradicionais ameaças da pirataria, o setor também enfrenta novos desafios, como ataques cibernéticos e tráfico de drogas. Domínguez destacou que a resposta a essas questões exige uma abordagem coletiva, com ênfase em prevenção e vigilância. Tecnologias emergentes, como inteligência artificial e monitoramento por satélite, podem ser aliadas na luta contra essas ameaças.
Em um contexto mais amplo, a OMI também abordou a relação entre segurança marítima e proteção ambiental, afirmando que são aspectos inseparáveis. O apoio da organização em capacitar países para responder a emergências de poluição marítima, assim como iniciativas para descarbonização e combate à poluição plástica, foram mencionados como essenciais para preservar os ecossistemas marinhos. A reunião da ONU reflete a necessidade urgente de uma governança robusta e integrada que aborde tanto a segurança quanto a sustentabilidade no transporte marítimo.
Origem: Nações Unidas