A palavra “neurodivergência” tem se tornado um tema cada vez mais comum nas conversas diárias, instigando reflexões sobre a diversidade de formas como os cérebros podem funcionar. Este conceito abrange pessoas que processam informações de maneira diferente do que é considerado “típico”, incluindo condições como autismo, TDAH, dislexia, e síndrome de Tourette. Embora a discussão tenha se concentrado principalmente em consultórios e escolas, agora está se expandindo para um espaço fundamental: o lar.
O ambiente doméstico pode ser um poderoso regulador sensorial para pessoas neurodivergentes. A adaptação dos espaços à realidade individual é essencial. Rita Gama Ferreira, psicóloga especializada em TDAH, destaca a importância da organização e do conforto sensorial, sugerindo que a casa deve ser um local que amenize a sobrecarga sensorial e aumente a sensação de controle e segurança. Elementos como iluminação ajustável, isolamento acústico e uma decoração minimalista são apresentados como fundamentais para promover bem-estar e concentração.
Além disso, a organização é vista como uma estratégia terapêutica que pode tornar o cotidiano mais suportável e produtivo. Dividir tarefas em etapas menores e utilizar sistemas visuais facilita a vida, permitindo que pessoas neurodivergentes naveguem em suas rotinas sem a sensação de sobrecarga. Joelle Santos, psicóloga especializada em neurodiversidade, enfatiza que um ambiente cuidadosamente projetado não apenas abriga, mas também cuida da saúde mental de seus moradores, transformando a casa em um refúgio seguro e acolhedor.
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