A Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) criticou, na última sexta-feira, as “narrativas simplistas” que associam o alojamento local aos problemas de habitação no país. Em um comunicado, a entidade destacou a “indiscutível importância económica” que o setor representa, especialmente em tempos de recuperação financeira, e lamentou que o debate público se baseie em percepções distorcidas alimentadas por anos de desinformação.
Um estudo recente da Fundação Francisco Manuel dos Santos revelou que 70% dos entrevistados acreditam que o Governo deve priorizar o bem-estar dos residentes, mesmo que isso signifique uma redução nas receitas turísticas. A ALEP, por sua vez, ressalta que a análise deve ser feita com base em dados atualizados e precisa, pois as cifras do Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local não refletem a realidade do setor, com quase 7.000 cancelamentos apenas em Lisboa.
O presidente da ALEP, Eduardo Miranda, enfatizou a necessidade de um debate equilibrado sobre as políticas de habitação e turismo. Para ele, o problema da escassez de habitação é multifacetado e decorre de falhas nas políticas públicas, como a falta de incentivos ao arrendamento acessível e a escassez de novas construções, e não deve ser atribuído exclusivamente ao alojamento local. Miranda pediu que o futuro das discussões reflita o contributo positivo do setor, que tem feito pela recuperação de imóveis e revitalização de áreas históricas.
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