Uma nova pesquisa da Comissão Europeia destaca o potencial das algas para promover uma sociedade sustentável, abordando questões cruciais como segurança alimentar, poluição da água e mudanças climáticas. O estudo enfatiza como tanto micro quanto macroalgas podem ser utilizadas para substituir ingredientes de origem pesqueira na aquicultura, produzir biofertilizantes e biostimulantes, e até mesmo auxiliar na limpeza de águas residuais.
De acordo com a pesquisa, todas as espécies de algas podem ser aproveitadas para criar biofertilizantes, que contribuem para o crescimento das plantas ao conter compostos naturais benéficos. O uso de fertilizantes à base de algas pode reduzir a perda de nutrientes do solo e o risco de eutrofização, além de melhorar a saúde das plantas.
Outro ponto importante abordado é o papel das algas na mitigação das mudanças climáticas. As florestas de algas nas águas da UE, que cobrem cerca de 902.000 km², têm o potencial de capturar até 23,5 milhões de toneladas de carbono anualmente. No entanto, esses ecossistemas vitais estão encolhendo devido a alterações climáticas e à perda de habitat. A agricultura de algas poderia ser uma solução, com estimativas mostrando que a expansão das fazendas de algas pode armazenar até 1,1 milhão de toneladas de carbono por ano.
Além disso, a inclusão de algas na alimentação de aquicultura representa uma alternativa sustentável aos ingredientes de peixes. Os alimentos à base de algas não apenas diminuem a pressão sobre as populações de peixes selvagens, mas também melhoram a qualidade do pescado. No entanto, o setor enfrenta desafios, como altos custos de produção e a necessidade de mais dados e pesquisa.
A pesquisa sugere várias recomendações para expandir a produção de algas, alinhando-se com o Pacto dos Oceanos da Europa. Isso destaca a importância das algas na ação climática, no uso circular de recursos e na biodiversidade, reforçando seu papel na construção de uma economia azul sustentável e inovadora.
Origem: Oceanos e pescas Europa