O Programa Mundial de Alimentos (WFP) expressou preocupação com o crescente risco de fome e desnutrição enfrentado por milhões de refugiados sudaneses em países vizinhos. Desde o início do conflito no Sudão em abril de 2023, mais de 4 milhões de pessoas fugiram em busca de segurança básica, comida e abrigo, mas agora enfrentam severas limitações alimentares e traumas.
Com a escassez de fundos, a ajuda alimentar foi drasticamente reduzida, levando a planos de cortes na assistência em países como República Centro-Africana, Egito, Etiópia e Líbia. Essa situação agrava as dificuldades enfrentadas por comunidades anfitriãs que já lidam com insegurança alimentar.
Em Uganda, por exemplo, muitos vivem com menos de 500 calorias por dia, o que representa menos de 25% das necessidades nutricionais. A chegada contínua de refugiados sudaneses está pressionando os sistemas de apoio ao limite, e o Chade, que abriga quase 1 milhão de refugiados, pode sofrer reduções ainda mais severas nos próximos meses.
O coordenador de Emergência do WFP para a Crise Regional do Sudão, Shaun Hughes, ressaltou que a situação é uma “crise regional generalizada” em países já afetados por altos níveis de insegurança alimentar e conflitos. Ele advertiu que, sem novos fundos, o WFP será forçado a fazer cortes adicionais, colocando em risco a vida de muitas famílias, especialmente crianças.
A agência pede urgentemente apoio da comunidade internacional, destacando a necessidade de aproximadamente US$ 200 milhões para a resposta emergencial e cerca de US$ 575 milhões para operações de salvamento no Sudão, visando ajudar os mais vulneráveis.
Origem: Nações Unidas