Com o custo da habitação em Portugal a atingir níveis alarmantes, a banca nacional expressa preocupações sobre a viabilidade deste cenário. Os presidentes dos principais bancos do país revelaram que a crise habitacional não mostra sinais de alívio, com preços a continuar a subir devido à elevada procura e à escassa oferta. Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação, reforçou que a resolução deste problema não é imediata, deixando os cidadãos sem esperanças concretas de uma queda nos preços num futuro próximo.
Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander, afirmou que a situação está “muito pior” e catalogou-a como insustentável. Esforços para aumentar a oferta de habitação têm sido insuficientes, segundo João Pedro Oliveira e Costa, do BPI, que destacou que a construção atual se foca mais em imóveis de luxo, exacerbando a crise. Além disso, medidas recentes para facilitar a compra da primeira casa para jovens acabaram por aumentar a procura sem oferecer soluções para a oferta, mantendo assim a pressão sobre os preços.
Apesar das preocupações, os bancos continuam a oferecer condições atrativas para créditos à habitação, pois a crescente demanda por empréstimos resulta em atividade comercial em alta. Até o momento, não há indícios significativos de incumprimento entre os mutuários, mas a crescente carga financeira sobre os bancos pode tornar-se problemática se as condições do mercado não melhorarem e os incumprimentos aumentarem. O governo está a trabalhar para entregar novas habitações, mas o impacto dessas medidas ainda está por se ver.
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