O Programa Alimentar Mundial (WFP) intensificou a entrega de ajuda alimentar a mais de 210 mil pessoas vulneráveis no leste da República Democrática do Congo, afetadas pela escalada da violência. Desde o início dos confrontos em dezembro, cerca de 500 mil pessoas foram deslocadas, exacerbando a pressão sobre os serviços básicos na província de Kivu do Sul, que já se encontram em estado crítico.
A situação humanitária na região é alarmante, com unidades de saúde saqueadas, escassez de medicamentos e escolas fechadas, deixando mais de 391 mil crianças fora da educação. As comunidades afetadas enfrentam dificuldades significativas, incluindo falta de acesso a água potável e cuidados médicos.
Para mitigar a crise, o WFP planeja distribuir pacotes alimentares de emergência que incluem cereais, leguminosas, óleo vegetal, sal iodado e produtos nutricionais especializados, visando prevenir a malnutrição entre crianças pequenas e mães. Apesar de já ter posicionado alguns alimentos nas áreas impactadas, a agência ressalta a necessidade de mais recursos para sustentar a resposta humanitária nos meses seguintes.
A violência também forçou muitos a buscar refúgio em países vizinhos; no Burundi, o WFP apoia cerca de 71 mil recém-chegados da RD Congo com refeições em centros de trânsito, enquanto no Ruanda, até mil pessoas recebem assistência alimentar e nutricional.
Para continuar suas operações, o WFP solicita urgentemente US$ 67 milhões para os próximos três meses na RD Congo, além de US$ 12 milhões para apoiar refugiados no Burundi. As operações nos três países estão severamente subfinanciadas, com uma necessidade total de US$ 350 milhões na RD Congo, US$ 39 milhões no Burundi e US$ 17 milhões no Ruanda para garantir a continuidade das atividades humanitárias.
Origem: Nações Unidas






