No mês passado, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) lançou a Iniciativa do Biobanco de Águas Profundas, em uma cerimônia que marca o 30º aniversário da organização. Este projeto ambicioso visa à proteção dos ecossistemas subaquáticos e ao gerenciamento dos crescentes interesses na mineração de minerais raros. A secretária-geral da ISA, Letícia Carvalho, destacou a importância dessa iniciativa durante uma entrevista à ONU News, ressaltando que não se trata de uma disputa, mas de uma oportunidade para a distribuição equitativa de benefícios entre os Estados-membros e cientistas.
A Iniciativa foi apresentada na conferência dos Oceanos em Nice, França, em junho, e está alinhada com a crescente busca por recursos suboceânicos. Carvalho enfatizou que a iniciativa não só promove a pesquisa como também oferece uma estrutura para que as economias em desenvolvimento se beneficiem, mesmo sem as condições ideais para acesso direto à pesquisa. As amostras biológicas coletadas terão uma preservação garantida por 15 anos, com a ISA atuando como tutora, assegurando a qualidade e o acesso.
A proposta visa estabelecer um repositório global de dados e amostras, promovendo a colaboração científica e buscando minimizar os riscos associados à exploração econômica do fundo do mar. Além disso, a ISA se compromete a garantir que todas as atividades no fundo do mar sejam regulamentadas de maneira responsável, contribuindo assim para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Origem: Nações Unidas