Um alerta da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) indica que a estação de furacões no Oceano Atlântico em 2024 será “muito ativa”, com uma probabilidade de 60% de que os níveis de atividade fiquem “acima do normal”. Esse aviso gerou um apelo da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aos governos das Américas, recomendando a preparação de seus sistemas de saúde para eventuais desastres e emergências que possam advir.
A estação de furacões, que se estende de 1 de junho a 30 de novembro, traz com ela riscos significativos de eventos climatológicos extremos, como chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra. O chefe da Unidade de Operações de Emergência da Opas, Leonardo Hernandez, ressaltou que esses eventos representam uma constante ameaça à saúde pública, podendo resultar em ferimentos, mortes e a sobrecarga dos sistemas de saúde já vulneráveis.
Além dos danos físicos e estruturais, as repercussões para a saúde são alarmantes, incluindo um aumento no risco de doenças transmitidas pela água e por vetores, como dengue e chikungunya, bem como agravos respiratórios. A Nooa prevê entre 13 a 19 tempestades com nome, das quais entre 6 a 10 poderão se classificar como furacões, sendo que 3 a 5 deles podem alcançar a categoria 3, 4 ou 5.
O ano passado já havia registrado uma temporada de furacões altamente destrutiva, com perdas econômicas sem precedentes. Para mitigar os impactos futuros, a Opas organizará uma reunião virtual em 10 de junho, onde representantes dos Ministérios da Saúde e agências de proteção civil compartilharão experiências e estratégias de resposta a desastres, fortalecendo a capacidade de reação e preparação para a temporada que se aproxima.
Origem: Nações Unidas