As forças de segurança no Afeganistão estão sendo acusadas de violar acordos com a ONU ao barrar a entrada de funcionárias nacionais e internacionais nos complexos das Nações Unidas em Cabul. Essas restrições, que abrangem todos os escritórios locais da ONU, foram comunicadas tanto verbalmente quanto por escrito pelas autoridades afegãs e têm impacto direto na assistência humanitária, especialmente em áreas afetadas por um recente terremoto.
Relatos indicam que as funcionárias têm enfrentado dificuldades para acessar regiões que necessitam de apoio, onde muitas mulheres e meninas se encontram em situação vulnerável. Além disso, o bloqueio se estendeu a locais operacionais nas fronteiras com o Paquistão e o Irã, locais críticos para o retorno de centenas de cidadãos que fugiram do país.
Essas ações contradizem acordos que asseguravam a assistência humanitária de maneira culturalmente apropriada, permitindo que mulheres ajudassem outras mulheres diretamente. A ONU já expressou preocupação, afirmando que a proibição de circulação do pessoal e a obstrução das operações representam uma violação das normas internacionais sobre privilégios e imunidades dos funcionários da organização.
Em resposta, a Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (Unama) e outras agências estão implementando medidas provisórias para proteger seus colaboradores e avaliar maneiras de manter serviços essenciais. As Nações Unidas estão em contato com as autoridades afegãs, exigindo o levantamento imediato das restrições, que acentuam as limitações já rigorosas impostas aos direitos das mulheres e meninas no país.
Origem: Nações Unidas