Neste 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial sem Tabaco, uma data que visa conscientizar a população sobre os perigos associados ao consumo de tabaco. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao uso de produtos de tabaco, e a situação se agrava ainda mais com o fumo passivo, que causa aproximadamente 1,3 milhão de mortes entre não fumantes.
A médica Jacqueline Scholz, assessora científica da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, enfatizou em um vídeo da ONU News que a melhor escolha para a saúde individual é evitar o tabaco. “É crucial não apenas não começar a fumar, mas também procurar tratamento para aqueles que já são fumantes, pois o tabagismo, seja por meio de cigarros tradicionais ou eletrônicos, causa sérios danos, especialmente às doenças cardiovasculares,” alertou.
A OMS destaca que metade dos fumantes que não conseguem se livrar do vício morre, com cerca de 80% dos usuários vivendo em países de baixa e média renda. Neste ano, as campanhas do Dia Mundial sem Tabaco concentram-se na promoção da conscientização sobre os produtos derivados do tabaco e nas manobras enganosas da indústria tabagista. Um dado alarmante é que cerca de 37 milhões de crianças entre 13 e 15 anos estão utilizando cigarros eletrônicos e outros derivados do tabaco.
Em alguns lugares, os jovens estão superando os adultos no uso de cigarros eletrônicos, o que é amplamente impulsionado pela publicidade agressiva nas redes sociais, onde conteúdos relacionados a esses produtos foram vistos mais de 3,4 bilhões de vezes. A OMS também aponta para os 16 mil sabores diferentes disponíveis nos produtos de tabaco, que atraem especialmente jovens, levando-os a iniciar o consumo.
A Assembleia Geral da ONU estabeleceu o Dia Mundial sem Tabaco em 1988, reconhecendo que a nicotina e os produtos de tabaco são extremamente viciantes. A regulamentação mais rigorosa é vista como uma abordagem crucial para desmantelar o apelo desses produtos e proteger as gerações atuais e futuras dos danos que eles causam. As autoridades de saúde reforçam a urgência de não permitir que as indústrias do tabaco manipulem e enganem a população com suas estratégias comerciais.
Origem: Nações Unidas