A frota de pesca nacional licenciada em 2024 contabiliza 3.614 embarcações, uma diminuição de 114 unidades em comparação com 2023. Este número representa 53,1% do total de embarcações, uma leve queda em relação aos 54,4% do ano anterior. Em termos de arqueação bruta, a frota nacional abrangeu 87,7% do total, uma aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2023, e 81,9% da potência total, ligeiramente superior aos 81,8% do ano anterior.
No que diz respeito à redução da frota, foram abatidas 85 embarcações em 2024, o que representa uma queda de 89,2% em relação ao ano anterior. Essa diminuição é atribuída à retirada de um número significativo de embarcações inativas há mais de 30 anos, realizada em 2023.
Em termos de captura, a frota de pesca nacional produziu 165.747 toneladas de pescado, registrando um decréscimo de 3,2% em comparação com 2023. A receita gerada nas lotas alcançou 337,666 milhões de euros, refletindo uma diminuição de 0,6% em relação ao ano passado. Contudo, o preço médio anual do pescado fresco ou refrigerado subiu 5,9%, passando de 2,47 euros por quilograma para 2,62 euros.
A balança comercial dos produtos de pesca também apresentou um agravamento, com um défice que se elevou a 1.272,5 milhões de euros, um aumento de 67,3 milhões em comparação com 2023. Este resultado foi influenciado por um crescimento menor nas exportações em relação às importações, embora a taxa de cobertura tenha aumentado ligeiramente para 53,3%.
Finalmente, as quotas de pesca de Portugal em 2024 aumentaram cerca de 9%, totalizando 218 mil toneladas. Entre as espécies que enfrentam limitações de captura, os aumentos mais significativos foram observados no biqueirão, tintureira e bacalhau na zona de pesca tradicional da NAFO 3M. O Programa Operacional PO Mar2020, que gere o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), alcançou uma taxa de execução de 103% da sua dotação, estando completamente executado até o final de 2024.
Origem: Instituto Nacional de Estatística