O Instituto Nacional de Estatística (INE) acaba de divulgar a publicação “Pressão Construtiva 2011-2023”, que oferece uma análise detalhada da atividade de construção de edifícios em Portugal ao longo dos últimos anos. Durante o período em questão, a dinâmica construtiva potencial foi medida em 5,4%, comparando o número de fogos licenciados com o total de fogos existentes em 2011.
Entretanto, o licenciamento de obras apresentou uma leve tendência de queda, com as taxas médias anuais de crescimento do número de edifícios e pisos caindo para -0,6% e -0,5%, respetivamente. Em termos de valores médios, a construção em altura também mostrou sinais de diminuição, passando de 1,8 pisos por edifício em 2011 para 1,7 pisos em 2023. Além disso, no que se refere às tipologias de fogos licenciados, as unidades T3 ou superiores destacaram-se, embora com uma média de 4,1 divisões por fogo em 2023, abaixo das 4,6 divisões médias em 2011.
Entre 2011 e 2023, a construção nova foi o tipo de obra mais licenciado, apesar de que as obras de reabilitação tiveram um pico significativo em 2012, com 60,2 licenças por cada 100 construções novas. Este valor, no entanto, diminuiu para 30,3 em 2023.
A análise revela também que a pressão construtiva no continente português apresenta fortes assimetrias regionais. As zonas litorais e metropolitanas, assim como regiões como o Cávado, experimentaram uma maior intensidade na atividade construtiva, enquanto áreas interiores e menos densamente povoadas mostraram uma expressão muito mais reduzida nesse contexto.
Origem: Instituto Nacional de Estatística