Decorar uma casa deixou de ser apenas uma expressão pessoal, transformando-se em um ato que frequentemente obedece a regras estéticas ditadas por redes sociais. A tendência atual aponta para uma estética minimalista e neutra, muitas vezes considerada “Instagramável”, que ignora a individualidade dos moradores. Especialistas alertam que essa uniformização pode resultar na perda da voz única que cada lar deve ter, criando ambientes que se tornam palcos em vez de espaços de vivência.
Esse fenômeno, que alguns chamam de tirania social da decoração, reflete uma performance social mais do que uma busca por conforto ou funcionalidade. Profissionais da área, como Ana Borges e Margarida Diniz, criticam a pressão das redes sociais e afirmam que muitos projetos são elaborados não para a vivência, mas para impressionar e ser fotografados. Enquanto a estética global se impõe, um movimento crescente busca reivindicar a autenticidade e a memória como elementos centrais nos projetos de interiores.
Ademais, o medo de errar na escolha de cores e a busca por uma perfeição imposta se tornam barreiras à real expressão individual dentro de casa. Especialistas apontam que usar cor e textura pode radicalmente transformar um espaço, tornando-o mais acolhedor e conectado às emoções e vivências. Dessa forma, a verdadeira beleza de um lar reside na mistura de histórias, emoções e lembranças, questionando a superficialidade dos ideais promovidos por plataformas digitais.
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