Telefónica iniciou 2025 com um desempenho operacional robusto, conforme evidenciado pelos resultados do primeiro trimestre do ano. A operadora registrou um lucro líquido de 427 milhões de euros originados de operações continuadas e confirmou suas metas financeiras para o ano, que incluem um dividendo de 0,30 euros por ação, a ser pago em dois tranches.
O grupo destacou um crescimento orgânico de 1,3% em sua receita anual, atingindo 9.221 milhões de euros. Esse crescimento foi principalmente impulsionado pelo setor B2B, que teve um aumento de 5,4%, e pelo segmento residencial, que cresceu 1,8%. No entanto, considerando a variação cambial, a receita reportada caiu 2,9%.
Na Espanha, Telefónica manteve sua liderança com uma elevação de 1,7% nos ingresos e 1% no EBITDA, impulsionadas por uma estratégia focada no cliente, digitalização e ofertas convergentes. A base de acessos da empresa ultrapassa 92 milhões e a companhia se destaca pela menor taxa de cancelamento do setor, sustentada por um alto valor por cliente e uma rede de fibra óptica que é referência na Europa.
No Brasil, os resultados foram igualmente positivos, com os ingresos superando a inflação: 6,2% no setor fixo e 6,5% no móvel. O EBITDA teve um crescimento de 8% e o margens operacionais seguem em expansão, refletindo o sucesso de produtos como Vivo Total e a crescente adesão a serviços digitais. Na Alemanha, a operadora também apresentou avanços, com um aumento de 4,8% no EBITDAaL-CapEx.
Em contrapartida, a empresa acelerou sua estratégia de desinvestimento em Hispanoamérica, tendo concluído a venda de sua filial na Argentina por 1.200 milhões de euros e firmado um acordo para a venda da participação na Telefónica Colombia, ainda aguardando aprovação. Essas operações não apenas liberam recursos para reinvestir em mercados-chave, mas também reduzem riscos regulatórios e financeiros.
Com um gasto total de 938 milhões de euros no trimestre, a Telefónica manteve uma relação CapEx sobre vendas de 10,1%. A liquidez da empresa supera 20.400 milhões de euros, com uma vida média da dívida de 11,5 anos e uma relação de alavancagem de 2,67 vezes o EBITDAaL.
No âmbito da sustentabilidade, a companhia progrediu em seus compromissos ESG, com 30% de seu consumo elétrico já coberto por contratos de energia renovável. Em termos sociais, bloqueou 7,8 milhões de ameaças de cibersegurança a seus clientes na Espanha e, em governança, o conselho de administração conta com 40% de representação feminina e 53% de membros independentes.
Telefónica reafirmou sua política de remuneração ao acionista, com um dividendo de 0,30 euros por ação para 2025, a ser dividido em dezembro deste ano e junho de 2026. O CEO da companhia, Emilio Gayo, observou que os resultados do primeiro trimestre estavam dentro das expectativas, prevendo uma melhoria progressiva ao longo do ano, com a apresentação de conclusões de uma revisão estratégica programada para o segundo semestre.
A empresa se mantém comprometida com a criação de valor através da eficiência operacional e inovação tecnológica, com foco na aceleração da adoção de redes 5G e fibra, além de expandir os serviços da Telefónica Tech. Com 354 milhões de acessos e cobertura 5G de 75% em seus principais mercados, Telefónica está posicionada de forma sólida para liderar a nova era digital na Europa e América Latina.