A recente análise do Banco Central Europeu (BCE) revela que a queda nos preços de compra de habitação na zona euro foi “suave e de curta duração”, especialmente quando comparada às quedas mais acentuadas observadas em países periféricos após as crises financeira e da dívida soberana. O relatório, divulgado no boletim económico dessa segunda-feira, 17 de março, aponta que, embora tenha ocorrido uma ligeira diminuição nos preços nos últimos tempos, esta não se compara às ocorrências anteriores, onde a descida foi generalizada. Os economistas afirmam que os preços permanecem elevados e que a recuperação tem sido notavelmente mais rápida.
Neste último ciclo de queda, os preços de habitação diminuíram cerca de 3% ao longo de um ano e meio, com as maiores quedas registadas na Alemanha e em alguns países centrais da zona euro. Comparativamente, nas crises passadas, as quedas foram mais drásticas, atingindo até 5% em média em toda a zona euro. O BCE destaca que a situação atual é menos crítica, uma vez que apenas 12 países viram os preços da habitação caírem, ao contrário dos tempos anteriores, quando todos, exceto um, enfrentaram perdas.
Economistas apontam que a escassez de oferta, intensificada por fatores como o aumento dos preços da energia e as interrupções na cadeia de abastecimento durante a pandemia, contribuiu para o recente aumento dos preços da habitação. À medida que a procura recupera após a redução nas taxas de juro do BCE em junho do ano passado, os preços tendem a acompanhar essa tendência positiva. No entanto, os especialistas alertam que essa subida acentuada dos preços pode não ser sustentável e pode prejudicar a saúde econômica a longo prazo.
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