O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) vai se reunir na próxima quinta-feira, 6 de março, em um encontro que promete ser decisivo para a política monetária da região. A expectativa entre analistas é de que a instituição promova uma nova redução nas taxas de juro, desta vez em 25 pontos base, seguindo a mesma tendência registrada no final de janeiro. Essa seria a sexta diminuição das taxas desde junho do ano anterior, levando a taxa diretora a 2,50%. Contudo, a nova política de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, está gerando preocupação entre economistas, que avaliam que isso pode impactar a estabilidade da inflação na Europa.
Com a projeção de que a economia global pode se enfraquecer devido a tensões comerciais e incertezas geopolíticas, a MFS Investment Management e o Bank of America já sinalizaram sua expectativa de cortes adicionais nas taxas, mas com uma abordagem cautelosa. O economista-chefe do Bank of America, Rubén Segura-Cayuela, mencionou que o atual encontro do BCE pode ser um dos últimos em que a proposta de “restrição” é amplamente aceita, com divergências internas já surgindo dentro do Conselho de Governadores. As estimativas ainda apontam para uma taxa de 1,5% já em setembro.
A expectativa de uma desaceleração econômica nos EUA e os riscos associados a tarifas impostas por Trump estão levando os investidores a adotar uma postura mais conservadora quanto às futuras decisões do BCE. Embora a inflação tenha registrado uma leve queda na zona euro, as incertezas sobre o ambiente geopolítico estão tornando as perspectivas de crescimento e inflação voláteis. Especialistas avisam que, caso a situação não melhore em breve, o BCE pode ter que reconsiderar sua política de cortes, possivelmente colocando um fim nesse ciclo antes do esperado.
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