Neste Dia Mundial da Vida Selvagem, celebrado em 3 de março, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para a crise ecológica causada pelo “vício da humanidade em combustíveis fósseis” e pelo uso insustentável de recursos naturais. Em uma mensagem significativa, ele enfatizou que a relação entre os humanos e a natureza se encontra em um “ponto crítico”, colocando ecossistemas em risco de colapso e diversas espécies no caminho da extinção.
Guterres descreveu a situação atual como uma “receita para o desastre”, não apenas para a biodiversidade, mas também para as comunidades ao redor do mundo que dependem de ecossistemas saudáveis para a sua sobrevivência. O líder da ONU fez um apelo para que o mundo adote um caminho “mais inteligente”, aumentando os investimentos em conservação da vida selvagem e destacando a importância de ecossistemas saudáveis para garantir ar e água limpos, regular o clima e assegurar os meios de subsistência.
Ele ressaltou a necessidade de mobilizar recursos públicos e privados e de cumprir compromissos financeiros existentes, especialmente em apoio a países vulneráveis que enfrentam riscos significativos à sua biodiversidade. Outro ponto enfatizado foi a importância de garantir que povos indígenas e comunidades locais, considerados a “primeira linha de defesa dos ecossistemas”, tenham acesso equitativo a esses fundos.
Guterres também mencionou que cerca de 1 milhão de espécies estão atualmente ameaçadas de extinção, com investimentos anuais de cerca de US$ 143 bilhões em conservação, valor que representa apenas uma fração dos US$ 824 bilhões estimados como necessários. Ele concluiu sua mensagem destacando que o Dia Mundial da Vida Selvagem é uma oportunidade tanto para celebrar a rica biodiversidade do planeta quanto para reforçar a necessidade urgente de combater crimes contra a vida selvagem, que têm consequências econômicas, ambientais e sociais amplas.
Origem: Nações Unidas